29 de abril de 2011

Autora: Raylly Chagas




E dançar encanta, envolve, faz bem! Falar da minha história com o ballet é no mínimo mostrar um pouquinho da grande
beleza que ele proporciona em minha vida, do sentido que dá ao que faço e o que sou, sim muito determinante para o
que me tornei e tenho ainda a tornar.

Bom, quando entrei no ballet nem sabia o que era... Alias não entrei fui puxada, e como agradeço até hoje. No meu
primeiro dia de aula, então, eu estava muito envergonhada não sabia o que ia fazer... E desse iniciar já decorrem seis
anos, esse mês de maio marcou profundamente minha vida.

E lembrar-se dos mestres então? É tia Fernanda, a minha primeira professora, não sabe o quanto és importante, muito
bom ter você em minha vida, saber que estás sempre do meu lado, e poder brincar com um: para onde ela vai eu
vou! Tão bom é também ver o crescimento de todos, assim como eu vejo em cada um que atravessa esse mundo que
compartilhamos, assim como eu percebo o meu, assim como o seu tia Fernanda, com a conquista de seu próprio Studio.

Nestes anos eu também ganhei outros cantos, dancei em Fortaleza onde ganhamos o premio em 3º lugar com a
coreografia Calungas, São Paulo, Bahia onde fiz o teste do Bolshoi e fui classificada no solo e na variação, para dançar
em São Paulo e em julho irei para Joinville *-*.

E assim vou construindo minha história, aqui, ali, com essa grande influencia que fez/faz toda diferença. A dança pra
mim é tudo, sem ela não sei como eu seria...

Minha historia ta pequena, pois não sou muito criativa pra estas coisas, mas dela sairia até livros, garanto! Tanta coisa
tem ainda a acontecer...

(Raylly Chagas)

27 de abril de 2011

Autora: Yasmin Buril




Meu nome é Yasmin e eu tenho 10 anos e hoje curso o ballet adulto e básico pré ponta. O ballet pra mim é uma alegria e está me ajudando na hiperatividade. As pessoas o que eu quero ser eu falo toda feliz bailarina. Eu nunca vou querer deixar o ballet que me faz bem menos nas dores mais eu adoro demais, hoje faço

Eu comecei o ballet com três anos, e o momento mais marcante da minha vida foi quando eu e minhas colegas fomos dançar a branca de neve e eu era a principal e depois elas entravam e eu não queria entrar e tia Fernanda falou : eu lhe dou qualquer coisa pra você entrar e eu respondi : eu quero um DVD da Barbie magia de aladus ai ela fez tá bom amanhã eu trago ai eu fui com medo mais fui.

Eu sou muito elétrica então tenho que me controlar e tento muito para alcançar o que eu quero.

Hoje graças ao ballet fiquei muito flexiva consegui fazer cambré, grand plié e outros em fim isso que eu sinto pelo ballet.

Autora: Andriely Araújo




Bom, minha história com a dança não começou desde de pequenininha como a de TODA bailarina!!rsrs

Comecei a fazer Ballet beeeeeem tarde: com 11 anos, na escola onde eu estudava! Foi lá que calcei a minha primeira sapatilha e foi lá que eu descobri todo o amor que eu tinha pela dança (mais especificamente pelo Ballet). Lá eu fiz aula durante dois anos e alguns meses, mas aí tive que sair porque como eu ia entrar no ensino médio a escola não aceitava mais que as meninas do ensino médio fizessem ballet!!! Lembro que na época foi como “me matar”, mas aí vieram provas e mais provas, vestibular, etc. e acabei por me afastar da minha paixão (o ballet)!

O tempo foi passando e passando... e em mim só crescia cada vez mais a vontade de voltar a fazer ballet, mas aí também me veio a consciência de que se voltasse para o ballet iria ser muito mais difícil, já que tinha passado tanto tempo sem fazer absolutamente NADA (quer dizer ainda tentei fazer dança do ventre, mas só fui pra duas aulas e percebi que ali não era o meu lugar), foi aí que comecei à procurar alguma escola que tivesse aula de ballet para adultos iniciantes. E então REcomecei à fazer ballet no Teatro Municipal Severino Cabral (em 2009) com a professora Kaliuma (por quem eu tenho um carinho enorme), no comecinho foi muito difícil (mais do que está sendo hoje) me adaptar ao “físico” exigido para o ballet, decorar as seqüências de aula, nomes de passos, posições e etc., mas eu estava muito feliz em estar voltando e no Espetáculo de Fim de ano? Só alegria, só sorrisos(kkkkkk...)

No outro ano (em 2010) me matriculei no Studio FB, mas por alguns motivos “tive” que sair de lá, e voltei a fazer aula no Teatro Municipal, e esse ano foi um pouco “conturbado” mudei varias vezes de professora: primeiro Rita Franco (pessoa que tenho um carinho e admiração muito grande) depois passei a ter aulas com Anahí (amo muitoooooo) e também com Aninha (pessoa que admiro demais também)e as vezes com Myrna e com Ivan (mudei mais de professor do que num sei o que!!kkkkk), mas foi nesse ano que “realizei” meu sonho de colocar uma sapatilha de ponta e tive minhas primeiras aulas nas pontas, com Aninha (foram poucas aulas mais eu pude sentir um pouquinho a dor boa que as BAILARINAS sentem, hihihi...)

Bom, mas aí saí novamente do Teatro e hoje estou no Studio de dança FB de novooooooooo...(rsrs...)To fazendo aula com Tia Fernanda(pessoa que admiro demaisss e tenho um carinho enorme)e estou amando as aulas!!Espero continuar lá!!!hehe...(já que são tantas idas e vindas!!!kkkkkkkk)
E estou tentando me superar a cada aula, to tentando melhorar em coisas simples como: esticar mais o pé, “forçar” mais o en dehors e etc. porque é de “pequena” que nos tornamos “grandes”!!! As vezes saio da aula um pouco “frustrada”, triste e as vezes até com raiva de mim mesmo por não ter conseguido executar alguns passos (e é aí que eles se tornam METAS dentro de mim para que na próxima aula eu possa executá-los melhor), saio da aula ainda ouvindo a música dentro de mim, cheia de dores(rsrs) mas o mais importante é que saio com menos “medo”, uma outra Andriely volta pra casa e, principalmente, muito mais feliz por mais um dia em contato com a dança!!!!!!

A mensagem que eu quero passar para todos é que não desista do que te faz bem, porque fácil isso ninguém te garantiu que iria ser, críticas existirão sempre e pessoas pra te colocar “para baixo” isso nem se fala (acho que já aprendi a lidar com essas situações), mas não há nada melhor do que você se superar fazendo aquilo que gosta!!!



Andriely Araújo

Autora: Isabella Pessoa




"Mamãe diz que eu era bailarina mesmo antes de começar a andar."

Minha história com a dança começou há 21 anos. Quando eu tinha apenas 3 anos mamãe me matriculou na escola de ballet de Lola, tia de umas primas minhas.

Meu pai havia falecido e, mesmo sendo tão pequena, mamãe conta que eu ficara muito triste sentido a falta dele. Na época não era comum meninas tão novinhas fazerem ballet, mas como eu consegui acompanhar as aulas mesmo sendo 2 anos mais nova que as demais alunas, acabei ficando.


Cresci dançando ballet. E dizia que queria ser Ana Botafogo! Aos 7 anos fui para a escola do Teatro Municipal e fiquei lá até os 11, quando tive de sair do ballet por causa de problemas financeiros. Sair do ballet foi horrível. Tentei fazer vôlei e basquete no colégio, mas eu odiava. Comecei a dançar em casa, pegava vídeos de dança e aprendia as coreografias. Mas a falta daquela rotina de ensaios me fez achar que estava gorda e eu praticamente parei de comer, tive anorexia, cheguei a pesar 38kg e lutei contra distúrbios alimentares até os 16 anos.


Aos 17 anos, estava cursando engenharia elétrica quando comecei a treinar kung fu. Parecia que tinha voltado para o ballet. Eu era a única menina da turma e os treinos eram muito pesados, mas eu amava!!! E eu estava muito bem treinando kung fu, mas em 2007 assisti o espetáculo da antiga FUNDASC. Chorei litros! [Risos] Minha eterna paixão havia despertado e em janeiro de 2008 comecei a procurar escolas de ballet.


Voltar para o ballet nã foi nada fácil. Não queriam me aceitar por causa da idade. Mas eu insisti tanto que consegui me matricular numa turma de preliminar 2. Eu que comecei sendo a aluna mais nova da turma, agra era a mais velha. No segundo semestre de 2008 conheci Fernanda. Não demorou até ela me chamar para ajudar nas pesquisas e até para criar uma coreografia para o primeiro espetáculo do Studio. Foi um dos melhores desafios da minha vida. ^_^


O bailarino é aquele tipo de humano que ama, acima e tudo, superar a dor para ultrapassar seus próprios limites. E que Deus me livre de ser um humano comum!


Isabella Pessoa, eternamente apaixonada pela dança!

Autora: Leticia Chagas




Meu nome é Letícia Chagas Cavalcanti, tenho 12 anos de idade e danço Ballet a 6 anos.

A minha história com a dança começa com a minha prima Renally. Primeiro ela entrou no Ballet, quando passou um tempo, ela me perguntou se eu queria entrar, então eu aceitei. No primeiro dia de aula, eu estava muito envergonhada pois conhecia apenas a minha prima Raylly. Depois fui me acostumando com o Ballet, a minha professora era tia Fernanda no Centro Cultural. Depois tia Fernanda fez a sua própria escola o Studio de Dança Fernanda Barreto, e eu fui pra lá junto com as minhas primas. Quando eu já estava numa turma mais avançada tia Fernanda teve a idéia do nosso grupo dançar no passo de Arte Norte Nordeste com a coreografia de Calungas, nessa viajem ganhamos terceiro lugar na categoria adulto. A segunda viajem foi para Indaiatuba no 17º passo de Arte dançando a mesma coreografia. Depois eu e minha prima Raylly fomos a Camaçarí na Bahia participar do Ballace, que fizemos de cursos, conhecemos vários professores e fizemos o teste do Bolshoi que foi o que me trouxe muita alegria pois Marina passou e hoje mora em Joinville onde pretendemos ir este ano para se Deus quiser dançarmos no festival. Nunca desisti do Ballet e Nunca pensei em desistir pois eu amo dançar e estar num palco para mostrar o que eu aprendi e ensaiei durante todo o ano.
A felicidade tem nome, ela se chama Dançar.

A dança para mim é a razão do meu viver, sem ela eu não existo!

Autora: Rafaela Rocha




Meu nome é Rafaela, tenho 15 anos de idade, sou natural de São Paulo e faz 10 anos que moro aqui em Campina Grande. Bom, minha história com dança começou quando eu tinha 9 anos de idade, quando fomos morar no bairro do São José, que fica perto do Centro Cultural, onde fui um dia com minha mãe depois de tanto insistir pra ir La pra ela me matricular no balé, que era uma dança que eu apreciava muito e aprecio até hoje, ela sempre falava que depois ia, outro dia ia, mas nunca ia! (kk’) mais ai nesse dia fui lá com minha mãe, como eu estudava em escola municipal tinha direito à bolsa no balé, porque o Centro Cultural é um patrimônio municipal etc., etc., etc.. Ai minha mãe fez minha matricula de manhã e eu já fui fazer aula na tarde do mesmo dia. Nossa! Eu fiquei muiiito feliz quando comprei meu uniforme, os enfeites de cabelo, sapatilhas... Fiquei super feliz e ansiosa para que chegasse logo de tarde Pra eu ir logo pro Ballet. Eu cheguei lá minha professora era Fernanda (e é até hoje), eu me lembro que eu a admirava muito, o jeito que ela mostrava os passos, o jeito de falar.... Ela sempre foi e sempre será uma ótima professora de balé!


Minha primeira apresentação foi no palco do Teatro Municipal, eu fiquei SUPER ansiosa naquele dia, porque era a minha 1ª apresentação para um publico grande e tal, enfim, naquele dia foi muito bom e muito bonito, mas quando eu vejo hoje... (sem comentários) kkkk.


O que me marcou mais no balé além do meu primeiro solo como A Fada Lilás do balé de repertorio “A Bela Adormecida”, foi a viajem que fiz à São Paulo, que foi a minha primeira viajem com o grupo do balé, eu nunca vou me esquecer desses dias que passei lá, junto com as meninas, nós fomos dançar a coreografia “Calungas” que foi classificada em 3º lugar no passo de arte Norte/Nordeste em Fortaleza no ano de 2009, só que uma das meninas que foi pra fortaleza(Andressa), não pôde ir pra São Paulo, porque uma viajem foi muito em cima da outra, ai Fernanda perguntou se eu não queria ir e eu disse que queria, mas não sabia se ia dar, daí, entrei em contato com os meus familiares e deu tudo certo!!! Dançamos lá, não conseguimos uma classificação no pódio, mas isso foi o de menos, porque ganhamos muito em termos de técnica e experiência ao longo da viajem.


Esse ano, vou ter a oportunidade de conhecer a cidade das flores, onde acontece o maior festival de dança do MUNDO. Joinville! Já que ano passado, meus planos não deram muito certo para ir... Estou muiiito ansiosa para ir, rever minha amiga Marina, que hoje esta no Bolshoi, conhecer o festival, a cidade e TENTAR me controlar na “feira da sapatilha”. Kkk’(dizem que é uma tentação, e eu não duvido nadinha!)
Nesse ano de 2011, comecei a dar aulas no baby 1, junto com Manoella, lá no Studio de Fernanda, depois de alguns anos monitorando aulas de baby e pré, estou amando a experiência! Espero que ainda faça muitas e muitas aulas e dê muitas e muitas aulas!
Ai, ai, então é isso: “a dança é a vida, o resto é apenas um passatempo”
Beijos.

Rafaela Rocha Muñoz Pineda

25 de abril de 2011

Autora: Amanda Janynne

Bem...Minha história com a dança começou a 13 anos.Tenho 21 hoje.Puxa isso tem tempo viu, é quase a idade pra se estar na ponta, enfim, eu sempre amei dançar, sempre foi minha paixão, durante esses 13 anos me acostumei a dizer que fazia ballet a prestação.
Começei no ballet clássico com apenas 8 anos de idade, quando ainda morava em Fortaleza - Ceará no colégio em que estudava, fiz durante um ano, cheguei a me apresentar. Daí por uma revolução do destino tive que vir morar em Campina Grande, quando cheguei aqui como era muito pequena minha mãe decidia tudo o que fazer e naquele momento o colégio era prioridade. Passei dois anos e meio parada, já um pouquinho mais velha com 11 anos conheci uma garota novata, que viria a se tornar minha grande amiga no colégio, ela fazia ballet descobri e quis logo saber aonde e como.
A garota chamada Ulliana fazia no teatro municipal e começei todo um processo de convencimento junto a minha mãe. Tive sorte, meu tio Jorge estava trabalhando no teatro como iluminador e conhecia a diretora do ballet, na época Mirna Maracajá. Foi então que consegui uma meia bolsa, entrei no meio do ano morta de feliz, não participei do espetáculo mas toda aquela cena de ensaios me encantava cada vez mais. No teatro aprendi muito técnica e conheci pessoas maravilhosas, vivi momentos mágicos vendo e participando dos espetáculos, fazendo fotos. Minha 1ª professora lá foi uma menina bem novinha que n lembro o nome de jeito nenhum, mas uma coisa que lembro perfeitamente, um dia ela disse a minha mãe: logo,logo ela passa pra turma do básico, nunca esqueci essa frase, significava que logo, logo eu estaria na ponta! Que sonho. Concluí o pré eliminar 2 com Rita Franco, outra professora que tenho carinho, Quando cheguei ao Básico custei a acreditar, passei a ter aulas com Mirna e realizei meu grande sonho dançar na ponta. Colocar as sapatilhas no pé pra ver o número certo, comprar ponteira tudo era mágico pra mim. Até que na 1ª aula na ponta enquanto ainda estávamos nos acostumando, fui inventar de me amostrar fazendo um arabesque completamente solta da barra, fui com tudo de cara no chão, aprendi alí que acima de tudo vc deve ter humildade e cuidado em tudo que voce faz, foi nesse mesmo ano que torci meu pé pela 1ª vez (não na ponta,andando mesmo), ao todo foram 14 vezes na minha vida.Antes de começar na ponta por questão financeira iria sair do ballet,mas então quando a professora soube disso me ligou imediatamente dizendo que não, ela ia me dar uma bolsa integral, porém teria que dançar no festival no fim do ano. O que são 8 segundos pra atravessar o palco enooooooooooooorme do municipal na ponta? numa fileira, uma menina colada na outra,tendo que andar bem devagarinho, lembro me da platéia no escuro, da luz no palco, das roupas de árvores que estávamos vestidas( meu sonho é ter um tutu clássico, só dançava com romantico), parece um filme na minha mente agora enquanto escrevo...no outro ano não pude mais continuar, ou seja, mais dois anos e meio de minha formação a prestação no ballet.
Passei o resto de minha adolescencia me dedicando a dança folclórica do grupo de dança do colégio sempre sonhando em voltar pro ballet. Dançei de um tudo no grupo de tradições folclóricas Serra da Borborema, de boi a cabloquinho, de country a pontões, xaxado, sequencia nordestina, cavalo marinho, etc; Como o grupo era formado apenas por meninas, nós também dançávamos as danças masculinas, de guerra, como terno e congada e guerreiros, era bem perigoso tacávamos os bastões( cabos de vassoura) nas mãos umas das outras de vez enquando,rsrs.
Depois de quase sete anos no grupo, fiquei dançando apenas numa quadrilha, um único ano,mas que teve sérias consequencias ao meu joelho. por conta dos alongamentos mau feitos ou quase inexistente desenvolvi um encurtamento muscular nos dois joelhos, os quais bastava eu andar um pouco mais ligeiro e doia. tive que parar mais uma vez.
Como estava em época de vestibular, me foquei nos estudos e depois de dois anos parada resolvi tentar voltar DE NOVO. minha razão de viver era o ballet,mas n conseguia dinheiro então como já tinha experiencia na área fui fazer um teste de 3 meses com o grupo Oríginis, grupo folclórico do qual eu n conhecia ninguém,fui no bambo, só consegui dizer a minha mãe duas semanas depois.
Percebi que tava meio fora de forma,mas dava pra recuperar..passei no teste e neste grupo aprendi o profissionalismo que até então nunca tinha vivido, ensaiar sem tenis nem pensar, atrazo,nem pensar,meia hora,40 minutos de alongamento todo ensaio quatro vezes por semana.Conheci pessoas incríveis e que as admiro pela força. Foi graças ao grupo que pude fazer uma mine turne pelo RS e pela 1ª vez na vida eu dançava um espetáculo completo de dança folclórica, no mesmo dia em uma hora fui do frevo, ao forró, do carimbó ao xaxado, tudo aquilo me emocionava, mas ainda sim eu sentia falta de algo, era o ballet pusando na minha veia, eu queria viver aqueles 8 segundos de novo.
Porém meu joelho voltou a reclamar e por medo e pela minha saúde tive que parar;
Mas então tres anos depois enfrento os meus medos com relação a minha saúde e já trabalhando,podendo pagar pelas aulas entro na turma adulta do ballet do studio. Penso,puxa vida, passarei por tudo de novo..... porém explodindo de alegria,me emcionando ao simples ato de colocar minha mão numa barra,FELIZ até dizer chega após dois meses de aula estou eu aqui com o pé contundido( andando na rua tbm), vê se pode? terei que fazer fisioterapia porque o movimento do meu pé direito não está normal.olho para um pé ele faz ponta e fléx, olho para o outro e ele não faz! Movimentos tão simples, mas que n to conseguindo fazer.E isso doi tanto... as vezes me pergunto será que devo continuar com tudo isso? as pessoas ao meu redor criticam. Mas eu já me decidi, uma vez ouvi uma frase de Mirna dizendo que tava louca que eu completasse 14 anos, pq achava que eu seria uma ótima professora de ballet e é a isso que me agarro e também ao amor imenso que tenho pela dança.
Há alguns anos entrei no teatro para fazer um trabalho e simplesmente fui entrando e entrando, quando dei por mim, estava eu nas salas de ballet, olhando quadros com fotos de dançarinas quando vi de repente havia fotos minhas que nem eu mesmo tinha. Aquilo me emocionou e eu vi ali o quanto a dança, o ballet clássico era essencial em minha vida.
Eu posso morrer de dor, mas eu morro dançando.Eis o meu lema,rsrsrs
Nossa que drama,rsrs meu lado atriz agora falando...meu lado coração falando.

24 de abril de 2011

Autora: Anahí Poty



Sou Anahí Poty, tenho 17 anos, sou graduanda de Ciências Biológicas na Universidade Estadual da Paraíba e sou natural de Florianópolis. Vim morar aqui em Campina Grande onde eu começei fazer ballet com 5 aninhos, pois é, ja estou fazendo bodas!!! HEHEHEHE

Entrei no ballet porque a minha mãe tinha que estudar e resolveu me deixar numa escolinha. Me apaixonei. Sei que quem experimenta dessa arte de duas uma, ou desiste, ou luta por algo perfeito que inexiste. Passei por muitas escolas de ballet, ja participei de muitos concursos, que até ganhei prêmios e ja dancei no festival de dança de Joinville. Na viagem de volta pro Sul, em Caxias do Sul, conheci a dança contemporanea (eu tenho história com a dança contemporanea, pois gosto de criações e coisas mais louquinhas KKKKK) e em florianópolias em 2009 participei de um grupo que aprendi Hiphop, jazz e dança afro.

Claro que as histórias sempre tem um lado ruin, o meu AINDA É que tenho 3 desvios na coluna e ja fui em 3 médicos diferentes e todos mandaram eu para de dançar. A dor quando ataca é INSUPORTÁVEL, mas mais que INSUPORTÁVEL, é ficar sem dançar, creio eu que ainda vou continuar nessa luta contra mim mesma por muito tempo!

A dança é isso pra mim, é como um yin yang onde tentamos equilibrar as emoções ruins e boas e criamos sentimentos que nos fazem explodir e dançar.

Pois é, eu tenho me concentrado no ballet nesses últimos tempos, pois após ter entrado no Studio Fernanda Barreto eu revivi minha paixão pelo ballet, pela grande contade de ir além da minha professora Fernanda Barreto, eu me empolguei e apesar da minha idade, me deu aquela vontade de crescer, melhorar, criar coisas novas e me aventurar nesse mundo louco cheio de coisas maravilhosas e decepções.

Para mim, o ballet me faz crescer não só como bailarina, mas como pessoa. Eu amo muito, muito o que eu faço!

Anahí Poty

Autora: Renally Chagas


Quando pequena, estudei numa escola que tinha aulas de ballet, todos os dias ia admirar as meninas fazendo aula, chegava em casa e ia direto tentar fazer como elas... Pedia sempre a minha mãe pra me colocar, mais ela sempre dizia que ia pensar, que não dava certo, que não tinha condição... Sempre colocava algum problema. Então quando completei 10 anos, pedi como presente de aniversário, dessa vez ou ela colocava ou ela colocava. E finalmente, depois de tanto insistir ela me colocou. Fomos atrás de uma escola de dança, e achamos o centro cultural, único lugar que dava pra pagar. Nossa, para mim foi uma porta que se abria em minha vida. E logo e já fiquei ansiosamente esperando a primeira aula. Minha primeira professora foi TIA FERNANDA! Fui para a aula, era uma segunda à tarde, quando entrei na sala, fiquei com vergonha, não imaginava o que eu iria fazer, nem o que aprender, fui de calça jeans, blusa batinha, cabelos soltos, imagina só a loucura? mas fui, e como se não bastasse levei comigo minha irmã e minha prima (Raylly e Leticia Chagas) pra fazer também.. Elas não sabiam nem o que era ballet, mais foram comigo. rs. ah mas quando tia Fernanda começou a ensinar os primeiros passos, me apaixonei loucamente, mais do que nunca, já tinha toda a certeza do mundo que era isso que eu queria pro resto da minha vida, parecia que eu já sabia os movimentos, ela fazia e eu copiava, procurando me superar em cada passo.
Com 1 ano, comecei a usar a então sonhada sapatilha de ponta, no 2º ano fiquei fazendo aula em duas escolas (centro-cultural e Palasc) a minha professora sempre TIA FERNANDA, pra onde ela ia eu ia atrás. No 3º ano fiquei so no Palasc, e no 4º ano quando Tia Fernanda abriu sua própria escola, adivinha? Fui junto e estou até hoje! :D . Já viajamos pra Fortaleza (onde ganhamos em 3º lugar) e São Paulo em 2009, em 2010 passei para dançar nos palcos abertos em Joinville, e se Deus quiser estaremos lá novamente esse ano! hoje sou professora do Studio de tia Fernanda, e graças a ela, conquistei varias coisas maravilhosas... inclusive, ela fez com que eu realizasse meu sonho! Sou ETERNAMENTE grata por tudo que ela fez e faz por mim! A você o meu MUITO OBRIGADO.
“É bom ter alguém do seu lado dizendo que vai dar tudo certo mesmo tudo parecendo tão impossível.”
Já passei por muitas coisas que tentaram me afastar da dança, questão financeira principalmente, mais meu amor pelo que faço sempre foi maior do que meus problemas. Minha mãe costuma sempre dizer “Seja qual for teu problema, tenha fé corra atrás de seus objetivos e se DEUS quiser tudo dará certo.“ levo isso comigo SEMPRE!
Atualmente, tenho 6 anos na dança e desde sempre procuro aperfeiçoar, e melhorar cada vez mais. Infelizmente nem tudo são flores, além de ter começado já tarde, com 10 anos, não tenho um físico como uma bailarina deve ter, não tenho pé lindo, não sou sem coluna como Rafa, e não tenho muitas outras coisas (mais tenho o principal que muitas não tem, o amor)... me sinto “obesa”, Eu luto com todas as minhas forças contra isso, mais parece que não adianta... sabe aquela pessoa que não tem nada a ver com o ballet, e inventa de ser bailarina? Pois pronto.. muito prazer! já pensei em desistir, já tinha motivos de sobra pra sair do ballet pra sempre, mais tem algo maior que isso dentro de mim que não me deixa desistir. Afinal, eu sou brasileira e não desisto nunca!
Outro dia, no colegio, enquanto pensava na vida, ouvi duas meninas conversando lá no fundo. De repente, ouço isso: “Ah, mas fulana faz ballet? Imagina, para ser bailarina é preciso ser muito magra!” foi uma facada! Mais já ouvi tanto isso que já é normal! Mais nem por isso devemos nos sentir menos...não é o peso de ninguém que nos faz piores ou melhores, afinal, ballet não é só o físico, é a expressividade. São vozes interiores que falam através do seu corpo. O que importa é fazer com amor, ter força de vontade e ter dedicação. Todos os nossos sonhos podem se realizar, se tivermos a coragem de persegui-los. Pois, faz bem aquele que gosta do que faz, e se não puder se destacar pelo seu talento, que vença pelo esforço!
Gostaria de agradecer imensamente mais uma vez, a Tia Fernanda, que sempre me ajudou, me deu força e sabedoria para estar aqui hoje! A mensagem que deixo para quem ler minha história é: “Nunca deixe de sonhar e se esforçar todos os dias, pois quando você olhar para atrás vai ver que tudo isso valeu muito a pena”.



"Não pode existir arte com sentido egoísta, competitivo, mundano, pois ela é uma das expressões da alma e assim deve ser praticada equilibrando, harmonizando e fazendo evoluir. Deve ser trabalhada na simplicidade e na mais pura humildade, pois falar e descrever o Belo é ser Belo"

Renally Chagas.

Autora: Nicole Emim



Idas e vindas da dança

Um relacionamento conturbado, cheio de altos e baixos. É assim que eu defino a minha história com a dança.
Assim como acontece, geralmente, no inicio de qualquer relacionamento, eu comecei com um fogo gigante. Não queria mais saber de nada, só queria saber de fazer ballet, isso aos 9 anos de idade no ano de 2006. Não era uma boa idade para começar, eu sei, mas mesmo sendo um pouco ''velhinha'' tive várias conquistas em meu primeiro ano. No meu primeiro mês de aula já passei dois níveis e fiquei fazendo aula na turma de preliminar dois. Confesso que me sentia inferior às outras meninas da sala, até porque todas já faziam ballet desde de pequenininhas e tinham muito mais experiência que eu. No entanto, para minha surpresa, no final do ano durante o meu primeiro espetáculo, tive a honra de ser premiada como melhor bailarina de minha turma, recebi certificado e tudo mais. Eu que já estava completamente apaixonada pelo ballet fiquei ainda mais estímulada a continuar e provei para minha mãe que não era apenas ''fogo de palha'', como ela dizia.
No ano seguinte comecei fazendo aula na turma do básico 1 e logo passei para o básico 2, onde iniciei o sonhado uso das sapatilhas de ponta. Nunca vou esquecer da minha primeira aula de ponta, era muito dolorido, mas era aquela dor boa que proporciona prazer e uma sensação de superação. No mais, esse ano foi um ano ''normal'', o espetáculo do final do ano é que foi um novo desafio, pois pela primeira vez dancei mais de uma dança. Foi maravilhoso, pude realmente comprovar a "Magia da Dança", assim como dizia o nome do espetáculo. Em 2008 passei a fazer aula em duas escolas diferentes, foi dificil conciliar, mas não foi impossível. No final do ano foram dois espetáculos diferentes para participar e um total de 5 coreografias para ensaiar e apresentar. Começou então uma rotina de muitos ensaios que me privavam de uma vida social normal, como a de meus amigos. Eu ficava chateada por não poder fazer tudo que as minhas amigas do colégio faziam e depois dos espetáculos começou um dilema em minha mente, ''será que eu devo deixar de fazer coisas que todos da minha idade fazem para fazer ballet?''. Infelizmente eu não tive maturidade suficiente para achar a solução ideal e acabei saindo.
Passei cinco meses longe do ballet. Durante esse tempo coisas aconteceram, minhas amigas participaram do Passo de Arte em Fortaleza e ganharam o 3° lugar com a coreografia Calungas, além de muitas participações em eventos da cidade. Comecei a sentir muita falta daquela rotina "sofrida" que eu tanto gostava, ver as fotos de tudo que estava acontecendo me causava aquela sensação de "isso era pra estar acontecendo comigo". Contei para a minha mãe que queria voltar e ela me rematriculou no Studio. Me enchi de expectativas e fiquei super animada com a minha volta, mas quebrei a cara. Sabe aquela frase que diz "Não crie expectativas. É melhor se surpreender do que se decepcionar" ? Eu deveria ter pensado nela antes de voltar com toda aquela animação. Minhas amigas tinham acabado de voltar do Passo de Arte e eu, obviamente, não estava no mesmo ritmo delas e isso começou a me fazer pensar que aquele definitivamente não era mais o meu lugar. Saí novamente, dessa vez estava decidida a não voltar. Não sabia eu que o fim do meu relacionamento com a dança não era definitivo...
No final desse mesmo ano fui prestigiar o espetáculo do Studio de Dança FB. Antes do espetáculo começar fui aos camrins abraçar minhas amigas e desejá-las "merda". O que eu vi me deixou abalada, pois eu queria, naquele momento, estar como elas: me arrumando, me maquiando, me aquecendo... Isso ainda não foi tão ruim, pior foi ter que assistir o espetáculo. Não que estivesse chato, muito pelo contrário estava lindo, mas foi dificil controlar meus pés que não paravam de balançar e mais difícil ainda foi controlar as lágrimas que escorriam dos meus olhos ao imaginar que eu poderia estar no palco dançando e participando daquele espetáculo lindo. Foi ai que eu percebi que eu tinha que voltar a dançar, eu precisava de tudo aquilo.
No ano seguinte (2010) eu decidi voltar e voltei. Sofri muito no começo para poder voltar a ter o ritmo de antes, mas desse vez não me deixei abater, continuei fazendo aulas e aos poucos fui voltando a ser como antes (não exatamente como antes, mas quase). Era dificl resistir a tentação que uma vida social normal proporcionava, mas eu resisti e segui firme e forte durante o ano. Em junho participamos do Ballace, em Camaçari - BA. Lá tive experiências fantásticas e aprendi muito com alguns mestres da dança. O espetáculo de dezembro foi perfeito, eu pude passar por tudo aquilo que eu tanto amava mais uma vez.
Agora, estamos em 2011 e eu continuo no ballet. É complicado lidar com escola, ballet, inglês e amigos. Mas com jeitinho eu vou conciliando tudo e assim consigo praticar essa arte que eu tanto amo. Em julho nós iremos participar do maior festival de dança do mundo em Joinville - SC e estamos nos preparando arduamente para isso. A ansiedade tomou conta de todos e isso também me serve como estímulo para continuar.
Por enquanto não posso dar continuedade a essa história, mas termino esse texto com a ceteza de que mesmo com tantas idas e vindas, a dança faz parte de mim e isso é o que importa!


Nicole Emim

Autora: Mairan Agra

Não sei de quem é a autoria, mas concordo com a frase que diz, “música é vida, dançar é viver”, foi desta maneira que vim ao mundo, amando a arte da dança. Minha mãe conta que eu já dançava desde o ventre. O dom da dança está na família, mas pulou uma geração, meus pais não dançam absolutamente nada, na verdade (eles que não me ouçam kkk) pagam verdadeiros micos, aprendi a dançar com meus avós maternos, dois verdadeiros pés de valsa. Amava vê-los dançando um bolero, um tango, um forró, ou até mesmo quando minha avó, durante os afazeres domésticos começava a dançar com o pano de prato.
Fui crescendo vendo aquilo, mas nada me encantou mais do que a primeira apresentação de ballet que assisti, com apenas três anos de idade, pasmem ainda lembro o quanto fiquei maravilhada, logo soube que era ali que eu gostaria de está.
Insisti muito e no ano seguinte minha mãe me matriculou neste mesmo ballet. Iniciei no baby classic e fui uma aluna muito aplicada e disciplinada, mas muito “encabula” (como dizem aqui no nordeste). O meu primeiro festival foi sobre o circo, minha professora me escolheu para ser uma das bailarinas do picadeiro, mas eu não aceitei porque ficava em destaque no palco (bobinha eu né!), preferi ser um palhaço.
Os anos foram passando e eu fui me apaixonando cada vez mais pelo ballet clássico. Apesar da minha timidez nunca ter saído de mim, era nas aulas de ballet onde eu me sentia mais feliz do que em qualquer outro lugar em que pudesse estar. Muitas apresentações vieram, o sonho de usar a tão falada sapatilha de ponta também, vários papeis, muitos ensaios e superações. Aos meus ouvidos nada soava melhor do que aqueles três sinais sonoros para avisar que o espetáculo já vai começar. O friozinho na barriga, o medo de errar, a concentração, as luzes, a música, dança que invade o corpo e alma e por fim os aplausos, a recompensa de toda bailarina.
Fui crescendo e a vida chamou minha atenção para outras coisas, mesmo assim ainda sonhava em fazer o curso superior em dança, mas a cidade mais próxima na época era Salvador. Quis o destino que aos 17 anos eu engravidasse e este foi um grande divisor de águas em minha vida. No meu ultimo espetáculo eu estava grávida de três meses da minha pequena Loly (Lorrane), um presentinho de Deus que superaria todas as outras paixões, incluindo o ballet. Não sabia eu, mas Deus estava me dando ali uma pequena bailarina, que apesar de ter tido certa resistência no inicio, nasceu para brilhar nas pontas dos pés.
Depois do nascimento dela não voltei mais para o ballet, fui tentar outros ritmos. Participei por algum tempo de um grupo folclórico, fiz dança de salão, aeróbia, cheguei até a dar aulas de dança em uma cidade do interior, mas nada me agradou muito.
Sempre incentivei a dança na vida da minha filha, mas ela tinha um mix de ciúmes e adoração. Gostava de dançar, tinha uma flexibilidade incrível, mas morria de ciúmes quando me via dançando. Tentei coloca-la no ballet ainda muito pequena, mas na época minha antiga professora só estava aceitando crianças a partir dos oito anos de idade, fui ensinando o que eu sabia em casa, mas ela não tinha muita paciência, afinal de contas santo de casa não obra milagres né! Quando ela completou a idade insisti para que fizesse o teste, mesmo não gostando muito ela foi para me agradar. Eu nunca fiquei tão nervosa, era um teste bobo, mas parecia que era comigo. Quando acabou e recebemos o resultado, minha antiga professora falou, “não sei por que você ficou tão nervosa, ela puxou a mãe, nasceu para ser bailarina”. Acho que aquele foi um dos melhores elogios que a mãe coruja aqui já recebeu :D.
Mas minha professora estava enganada, com o passar dos anos o bichinho do ballet mordeu minha pequena e ela se apaixonou definitivamente pela arte da dança, e superou e muito a bailarina que eu fui um dia. Alguns anos mais tarde, voltei a fazer aulas de ballet, mas percebi que já não era mais o meu espaço. Chegamos até a fazer aulas juntas, mas ela não ficava muito confortável, então resolvi sair.
Desci dos palcos, para ocupar o lugar na primeira fila da platéia. Aceito, com muito orgulho, o título de mãe coruja, pois sei que deixei em meu lugar uma pequena bailarina que ainda tem um belo futuro para trilhar pela frente.

Mairan Agra

Autora: Andressa Mendonça


Aos nove anos de idade, um sonho começara a realizar-se em minha vida. Falo do Ballet,( que
merecia ser escrito com letra maiúscula, por ser tão magnífico), esse sim entrou em minha
vida de uma forma avassaladora. Há tempos que o pratico e o desejo de melhorar a cada dia
é maior do que qualquer outra coisa. Afinal, como disse Ana Botafogo: “Bailarina tem quem
melhorar tudo sempre”.

Com quatorze anos de idade e cinco anos de dança, após a viagem que fizemos para
Fortaleza, onde ganhamos em 3º lugar e passamos pra dançar Indaiatuba – SP, todas estavam
completamente empolgadas, e eu, além de emocionada com o fato de ter contribuído com
essa realização, estava também, cansada. Pois é, em meio de toda essa animação, estava eu,
cansada. Decidi que sairia da dança, que não era pra mim, enfim, uma pessoa revoltada. Essa
foi a p i o r d e c i s ã o d a m i n h a v i d a !

Sabe qual o resultado dessa temporada sem Ballet? Saudade, muita saudade. Aperto e um
buraco enorme no coração que não me deixavam pensar em outra coisa, a não ser voltar. Os
fatos ocorridos nesses seis meses não foram dos melhores. Com toda certeza do mundo, eu
troquei pessoas únicas e momentos de extrema e verdadeira felicidade, por momentos que
me ofereceram apenas horas de alegria passageira. Quer um conselho? Nunca, em hipótese
alguma, faça isso. Pois é, somente uma coisa me faria feliz e me completaria de novo, à volta

pro Ballet. “Eu voltei, agora pra ficar, por que aqui, aqui é o meu lugar” ♪

São tantas as coisas que tenho pra falar, não vai dar aqui... Quer saber? Eu odeio as pessoas
hipócritas que dizem e encenam que o Ballet é só plié. Poupem-nos, é muito mais que apenas
isso, vai além do que vocês são capazes de imaginar.

Ballet é lutar contra os teus limites, contra o teu físico, é dor, suor, choro, força, humildade,
alegria, sorrisos, é paz interior... Faz bem, eu me sinto bem sabe? Não é fácil, no Ballet nada é
fácil. Mas, fazer o que? Eu sou masoquista sim, toda bailarina é, está provado!

Eu vou lutar com todas as forças pra chegar onde quero chegar, eu sou capaz, eu sei. Pois é,
não desistam de seus sonhos. Eu nunca vou desistir dos meus!

No Studio FB eu me reencontrei. Foram, estão sendo e sempre serão momentos inesquecíveis,
até que a morte nos separe. Ah, só uma coisa: enterrem-me de tutu, por que quero ser
bailarina além da morte!

23 de abril de 2011

Autora: Yasmin Leal

A minha história com o ballet é bastante antiga.Sempre tive uma enorme vontade de dançar. Desde pequena comecei a fazer ballet na escolinha em que estudava , mas, como éramos todas muito pequeninas, não tínhamos bem uma aula de ballet, era apenas uma preparação.

Com o passar dos anos, saí do ballet da escola em que estudava e fui para a Fundação Suellen Caroline, atualmente, o Palasc. Lá aprendi muitas coisas, sempre buscando “novidades” na área do ballet. Passei um ano, e, enfim fiz a minha primeira apresentação, no espetáculo A Fábrica de Brinquedos. Mas, como todo espetáculo, existiu o nervosismo, a ansiedade e o friozinho na barriga . Até o dia que sai da Fundação Suellen Caroline, pois fiquei sabendo da seleção para entrar no Ballet da UEPB.Meu pai fez a inscrição, fiz o teste e fui aprovada. Lá, está grande parte da minha vida como bailarina, pois foram quatro anos e meio. A cada ano era uma dedicação maior, um esforço maior e a paixão aumentava cada vez mais! Lembro-me muito bem da minha enorme ansiedade e emoção para usar a sapatilha de ponta pela primeira vez! Fizemos algumas apresentações em final de ano , porém a mais marcante foi no espetáculo Brasileiríssimo.

Também tive contato com com a Dança Contemporânea, mas embora seja bonita, nunca gostei desse estilo de dança como gosto do ballet clássico, apesar de estarem interligados. Já enfrentei muitos obstáculos por amor à dança, alguns relacionados a questão de tempo, outros por questões de baixa estima, entre outros ... Devido a esses obstáculos, já pensei diversas vezes em desistir de fazer ballet. Mas, graças a Deus, fui superando e continuo dançando. Hoje sei que tudo isso só serviu apenas, para me fortalecer, e para eu descobrir que isso é o que eu realmente amo e gosto de fazer.

O ballet para mim é muito mais do que estar presente nas aulas, fazer passos... enfim, é buscar, é se aperfeiçoar com o tempo, se esforçar, dar o seu melhor, ir além dos limites. É necessário dedicação, disciplina, força de vontade, pois só quem realmente ama o ballet é que supera todas as dores e sofrimentos, pois sabemos que a felicidade de executar determinado movimento é muito maior. É acima de tudo confiar em si, acreditar que você é capaz, se auto superar independentemente de tudo e de todos.

Como já mencionei anteriormente, o ballet sempre esteve presente na minha vida, desde pequena sempre fui apaixonada por essa belíssima arte. Atualmente, estou no Studio de Dança Fernanda Barreto, buscando cada vez mais me aperfeiçoar no ballet, dar o meu melhor. Espero que eu nunca possa desistir desse sonho tão antigo e tão verdadeiro, e que nunca existam motivos que me impeçam de fazer ballet e de melhorar cada vez mais. Como diz William Shakespeare: “Nós somos do tecido de que são feitos nossos sonhos” !

Autora: Nayanne Leal

Minha história com o Ballet nada mais é que a de um grande Amor. É uma história simples, mas que faz parte da minha vida, e nunca amei tanto praticar algo como amo fazer Ballet. Obstáculos existem claro, mas superar todos é o que me fortalece e mostra o tamanho do meu amor pela dança. Estou aqui pra dizer que nunca desisti desta linda arte e se Deus permitir nunca desistirei ; apesar das inúmeras pedras no meio do caminho: “Mais vale aquele que nunca tentou do que aquele que desistiu na metade do caminho”.

Comecei a fazer ballet quando ainda era pequena na minha escola . Depois de um tempo saí... Na verdade, não me importei muito, pois não fez diferença. Mas ao ver as minhas amiguinhas apresentando na escola e na formatura de minha irmã, me deu uma enorme vontade de voltar. Influenciada por minha amiga minha Isabella pedi a minha mãe para me colocar no ballet. Lembro-me muito bem no dia em que rodamos Campina Grande a procura de uma escola de ballet com um custo mais baixo, até que ela decidiu e me colocou na Fundação Suellen Caroline. Foi uma alegria muito grande!! Eu e minha amiga passávamos a hora do intervalo do colégio fazendo os passos de ballet; ela, que era mais experiente do que eu, me ensinava coisas mais avançadas e eu amava subir nas sapatilhas de ponta dela (:. Fiz Ballet na Fundação por cerca de um ano, e foi uma grande emoção ao entrar pela primeira vez num palco, embora soubesse que havia muitas meninas iguais a mim, na época. Todos os dias à tarde vestia as minhas roupinhas e ficava em casa ensaiando horas e horas a fim de abrir o” grand cart” retinho. Imitava as minhas professoras, pois meu maior sonho era ser professora de ballet. Tinha até um caderninho em que eu anotava todos os passos de ballet que elas nos ensinavam.

Minha Mãe ao ver um anúncio na escola onde ensinava sobre uma seleção para um curso de Ballet da Uepb, se empolgou. Na época foi uma grande bênção, pois meu pai não estava podendo mais me levar por causa do horário de trabalho e não tinha conseguido um desconto. Fui aprovada no teste. Estive quatro anos e meio neste curso; foi onde descobri que amo verdadeiramente o ballet. Cada dia me esforçava muito, superando os obstáculos do meu corpo. Fiz algumas apresentações .Porém ao entrar no palco no espetáculo “Brasileiríssimo” foi diferente, pois estava mais madura e o medo e nervosismo estavam diante mim . Mas tudo vale a pena quando entramos em um palco e queremos mostrar para o público o quanto a dança faz parte da vida. Mostrando sentimentos que vão muito além de uma palavra, apenas por gestos e movimentos...

Tive também experiência com dança contemporânea, que é muito bonito, mas não quanto um belo Txutxu clássico. Nunca admirei tanto a Dança Contemporânea. Lembro-me que tive que pegar um papel de última hora para uma dança contemporânea. Foi muito complicado, pois além de sentir e passar por aquilo que a dança mostrava, precisaria pegar os passos e interpretá-la, já que faltava poucos dias para a apresentação... Das seis aulas que tive em um dia na semana no colégio que estudava , foi a primeira vez que assisti apenas uma, pois as outras passei na biblioteca , pegando e copiando o video da internet “ For Lyfe”. Isso me marcou muito, pois eu vi o quanto amava a dança e que ela estaria comigo todos os momentos da minha vida! Graças a Deus consegui pegar os passos. Foi demais ;D

Devido a inúmeros obstáculos principalmente à falta de tempo para me dedicar mais devido aos estudos , pensei em desistir, pois as vezes precisamos renunciar a algumas coisas que amamos em virtude de outras que fazem parte da vida. Bom, chorei muito mesmo, mas Deus ouviu as minhas orações. Atualmente, estou no Studio de Dança Fernanda Barreto, onde o meu vínculo com o ballet não acabou. Queria muito me dedicar mais, talvez passar o dia inteiro dançando, mais infelizmente não posso. Sonho o dia em que irei dar aula, ensinar a outras pessoas aquilo que aprendi e vivenciar com eles cada esforço, para superar os obstáculos existentes no corpo. Não me vejo sem o Ballet , pois minha vida está interligada a dança e quero muito viver a dança em minha vida. Espero nunca ter que desistir desde sonho, pois é a maior parte de mim. Cada esforço, cada dedicação, cada dor vale a pena, pois dançar é ir além dos seus limites e quando você ama realmente aquilo que faz, tudo se torna mais fácil. Creio que qualquer pessoa pode dançar ballet, basta querer, amar e nunca desistir de tentar!!!

Autora: Luana Castro

Fê era o sonho d minha madrinha e d tda família me tornar uma bailarina + esse sonho nunca passou por minha cabeça. Até q um dia minha madrinha fikou doente e me fez um pedido, relizar o sonho dela de me formar em dança, até então nunca tinha cogitado tal proposta, + como a mesma se encontrava doente, acabei prometendo e a partir daí começei a ler, me informar sobre tdo d dança e o q aconteceu??!!...Acabei me apaixonando e começei a frenquentar por um periodo, + acabei por desistir devido seu falecimento. Mas o curto periodo q frequentei, aprendi mto com os professores amigos e fiz grandes amizades. Hje me interresso por tdo relacionado a dança, qdo tem na cidade alguma apresentação faço o possivel p prestigiar, simplesmente adoro. Espero algum dia conhecer pessoalmente o brilhante trabalho q desempenha ai em sua cidade. Com carinho d sempre,bjus!!!*-*

OBS:Spero meu kit,quem sabe??!!!Rsrsrsr!!!!

Autora: Danielle Pereira




Bem,como começar essa história que tanto marca minha vida?vamos lá então...Desde pequenina sou apaixonada pelo Ballet clássico.Minha mãe disse que quando tinha uns três anos de idade,mais ou menos,eu falei que queria ser bailarina e ela se sentiu tocada com meu pedido e a forma que o fiz e logo,logo chega minha mãe com uma sapatilha tão linda,que parece até de boneca.Acho que a tenho até hoje!
Quando tinha dez anos,aproximadamente,eu entrei no Ballet.Nossa,pra mim foi um sonho!E adivinha quem era a minha "tia"?ah,acho que você já sabe quem é,era ela mesmo, a "tia" Fernanda Barreto!Eu adorava as suas aulas,sempre tentava ser a melhor na minha turma e estava em todas as apresentações,acho que 'tia Fernanda' lembra disso,não é?Mas tinha um problema que eu carregava comigo durante anos e anos...Eu era bem gorda,sério!Sofria muito preconceito,tanto na escola como até eu mesma,por incrível que pareça!Lembro que quando chegava nas aulas de Ballet,ficava vendo que minhas coleguinhas eram bem magras e lindas,enquanto eu era gorda,eu odiava isso.Mas mesmo com tudo isso,a ideia de abandonar o Ballet nunca surgiu.Teve um certo dia que parei,pensei e acabei chegando á uma conclusão que pra mim,seria definitiva:Bolimia!Desde então,mal comia e quando colocava algum tipo de comida na boca, já era correndo para o banheiro para pôr pra fora.E não foi que consegui emagrecer!Nas férias,lembro que encontrei a 'tia Fernanda' no shopping e ela não acreditava que aquela 'lá' era eu.Levei elogios dela, e isso foi tudo pra mim.Não poderia ficar mais feliz depois daquele dia,de saber que tudo aquilo que estava fazendo,valia a pena.E continuei com a bolimia.Minha mãe descobriu e foi uma época muito delicada da minha vida,depois de muitas conversas decidi parar com isso.E sabe o que aconteceu logo depois?meus pais me tiraram do Ballet.Achei muito injusto,e descobrí que a 'tia Fernanda' tinha saído.Então preferí parar de ficar implorando para meus pais pra voltar a fazer Ballet.
Ano passado convencí minha mãe a fazer Ballet denovo,depois de tantos anos.Foi um sonho poder está fazendo parte do estudio da 'tia Fernanda'!È como se fosse uma boa consequência do meu passado tão conturbado,tudo em nome de uma das coisas que mais amo,o Ballet.Eu me sinto a garota mais realizada por fazer o que mais amo e no melhor lugar onde se pode aprende-lo.Sempre que olho pra 'tia Fernanda' me vejo naquele tempo,e chegando em casa, olho pra uma foto nossa depois de uma apresentação nos meu dez anos de idade, e lembro daqueles momentos do meu passado com todo o carinho do mundo.Obrigada por tudo 'tia Fernanda',você marcou a minha história junto com o que mais amo.

22 de abril de 2011

Autora: Jullia Silva

Desde pequena sonho em dançar ballet. Me apaixonei mais ainda pela dança quando eu vi minha colega(Marina Freitas) se apresentar no colégio, desde desse dia eu penso muito em começar as aulas mas as condições de saúde e financeira de minha familia não são das melhores.
Sempre disse pra mim mesma que um sonho nunca é impossível quando você passa a acreditar nele.Todos os dias passei a me alongar e via vídeos na internet pra tentar fazer igualzinho. Ganhei uma certa flexibilidade e equilíbrio com meus alongamentos. Tenho 15 anos e a maioria das pessoas sempre dizem: "Você já é muito velha pra começar a dançar ballet, já não tem a mesma flexibilidade que uma criança de 5 anos tem" Mas eu prefiro ignorar pois sei que meu sonho não vai morrer de mim assim tão fácil. Eu moro em Queimadas-PB, e aqui não é uma cidade tão desenvolvida mas também não é tão atrasada,é intermediário. Ficaria muuuuuuuuuito feliz se eu ganhasse essa cesta com artigos de dança, gostaria muito de aprimorar o pouquíssimo que eu sei do ballet já que não tenho como comprar. Mesmo que eu não ganhe essa cesta, já estou muito feliz por dividir minha história com a dança!

Abraços e Beijos

Júllia Silva

Autora: Marcela Meira

Todos os meus parentes e amigos hoje em dia ficam espantados quando eu falo que danço e que amo porque eu nunca tive nenhuma inclinação pra o que hoje é muito importante pra mim: o ballet. Eu nunca gostei muito de dança, até entrei num grupo de dança, mas ao ver as garotas rebolarem e jogarem as cabeleiras, meio que me intimidei, até no ballet, na minha primeira aula com a turma da noite que Marina fez também, só de ver que todos estavam mais abertos, ágeis e com físicão (kk) eu ja fiquei meio apreensiva, cheguei em casa e fui refletir sobre a aula. Acabei ficando com uma turma de mais novas que eu, mas eu fazia duas aulas porque queria avançar de turma. Hoje eu sou um pouco à toa, pra não dizer displicente, como ballet. Não dou o merecido crédito pra essa arte que tanto me ajudou. Quando eu era pequena eu não quis fazer ballet, nem quando fui crescendo, mas um dia uma das minhas melhores amigas (que hoje está no Bolshoi) me persuadiu a ir ver uma aula, e no momento que eu vi aquelas caras sérias e a música clássica rolando logo me identifiquei, porque o ballet é muito, mas muuuuito mais que uma simples dança, ballet é arte, é disciplina, é esporte e faz bem pro meu estado de espírito. Hoje eu suporto muito bem as piadinhas como: usando maiô rosa toda bailarina né? Eu sorrio e falo: o termo certo é collant. E rio com meus amigos... porque eu faço o que eu gosto, que é o ballet e graças a onde eu sou ensinada essa bela arte eu sou apresentada a grandes oportunidades!

21 de abril de 2011

Autora: Lorrane Agra

Bem, minha história com o ballet não é nada convencional, como daquelas meninas que desde pequenas tem como maior sonho da vida ser bailarina, na verdade eu detestava o ballet, meu maior sonho era ser atleta de ginástica olímpica, mas na minha cidade (Campina Grande/PB) não havia um local se quer pra praticar esse esporte, ou se tinha eu não sabia.
Um belo dia, quando eu tinha apenas oito anos de idade, minha mãe leu em certo jornal local que iria haver uma seleção para um ballet aonde ela queria que eu participasse, já que ela tinha feito 13 anos de ballet, eu ao contrario de toda menina comum, detestei a idéia, mas pra não queria deixar minha mãe triste, então fiz essa seleção e passei. Não gostei da minha primeira aula e detestei o meu primeiro ano de ballet, mas no meio do ano seguinte eu me transferi para fazer ballet no turno tarde, passei daquele dia em diante a gostar cada vez mais do ballet e a cada dia eu ia me superando e vencendo os obstáculos do meu próprio corpo.
No ano seguinte tive minha primeira apresentação em um palco de verdade, a emoção e o nervosismo de estar ali, naquele dia naquela hora, só entende quem já passou por essa situação. No mesmo ano, tive o primeiro contato com a dança contemporânea, mas eu não gostava muito, pois para mim não se comparava a dançar um clássico. Para começar a usar sapatilha de ponta eu nunca criei muitas expectativas, simplesmente aos meus 11 anos passei a usá-la e sem cerimônias kkk.
Bem, atualmente faz 3 meses que eu estou no Studio de Dança Fernanda Barreto, mas percebi que desde a minha entrada lá estou ficando mais flexível haha, e cada vez mais superando meu limites. E hoje agradeço a minha mãe por ter lido aquele bendito jornal e ter proporcionado meu encontro com uma das melhores coisas que tenho na vida, a paixão pela dança.

“O corpo diz o que as palavras não podem dizer.”

20 de abril de 2011

Autora: Marina de Freitas

Minha mãe já falou o que aconteceu na vida dela e também na minha, até me fez chorar. Mas agora é minha vez de contar do meu ponto de vista.

Quando ainda pequena na minha antiga escolinha, tinha aula de ballet, e sempre quando eu ficava lá esperando minha mãe chegar, não ficava brincando e correndo pelo parque, eu ia assistir pela porta mesmo a aula de ballet e ficar sonhando com aquilo tudo. Quem dava aula lá era a tia Fernanda :DD Depois de pedir, minha mãe me colocou no ballet, não lembro ao certo se ainda fiz alguns meses aula na escola ou se já fui para o teatro municipal. Depois de 3 anos lá, minha mãe me colocou no Palasc, onde conheci de verdade tia Fernanda, lembro que ela nos ensaios do fim do ano sempre me elogiava e investia em mim. E por isso quando ela montou seu próprio estúdio eu fui atrás dela haha. E agradeço profundamente a ela.

Comecei a viajar para competições no 2º ano do studio FB, fomos para o ‘’passo de arte’’ em Fortaleza, dancei princesa florine, onde também fiz cursos, fui elogiada pelos jurados e escutei que eu devia continuar trabalhando e seguindo em frente no ballet. Em Indaiatuba, também no ‘’passo de arte’’, fomos apresentar uma dança em grupo as ‘’calungas’’ que ganhamos 3º lugar, mas lembro que sempre tia Fernanda falava ‘’vamos para dançar, ganhar experiência, o que vier é lucro’’ e com isso sempre conseguimos der humildes, não nos decepcionarmos e conseguir bons resultados. E por último, a viajem mais cheia de surpresas, e Camaçari na Bahia, fomos participar do ‘’Ballace’’, onde dançamos , e eu ganhei pela primeira vez 3º lugar em um solo. Depois ficamos sabendo que estavam fazendo testes para o Bolshoi, e sem perder tempo pegamos a ficha, ligamos para nossas mães perguntando se elas autorizavam que fizéssemos o teste e fomos à luta. Então, fui pré-selecionada e depois vim fazer o teste aqui em Joinville, onde também tive um bom resultado e passei para ser aluna do Bolshoi.

O teste para quem tem dúvida, é assim, primeiro eu fiz a parte medica e física, onde eles mediam gorduras, ossos, pesavam, mediam altura, esticam para lá e para cá, observam o físico, os músculos, etc. E finalmente, tem a aula, onde tem uma barra e um centro, onde a banca Russa te observa. Bem sei que é difícil de pensar na hora, mais eles querem ver não só seu físico, sua perna alta, querem ver limpeza e até mesmo como você age sobre pressão, que tem muita gente que sai chorando da sala quando erra alguma coisa.

Bem, e agora estou aqui no Bolshoi, na 4ª série do clássico, desfrutando o máximo que posso dessa oportunidade que Deus me deu. Tudo o que tenho a fazer é agradecer profundamente a tia Fernana, pois sem ela eu não saberia nem que era possível entrar no Bolshoi haha, pois é, eu achava uma coisa de outro mundo, também agradeço a minha família, aos meus pais que me ajudaram com tudo isso e a Deus.

A saudade é grande, as vezes dá uma tristeza, uma vontade de voltar, um dor no coração, mais diante de uma triste a única coisa que devemos fazer é levantar a cabeça e seguir em frente, pois o que vou colher no final vai compensar tudo, tudo mesmo. Então, nunca desista lute, até o ultimo momento.

‘’Se o homem não limitou-se ao infinito do céu? Então por quê limitar-se a sonhar com possível?’’

Autora: Maria Manoella

Bom, atualmente eu tenho 17 anos e minha história na dança, para mim, é uma das quais jamais vou esquecer. Eu sempre gostei de atividades físicas como jogar basquete, voley, fazer aeróbica e etc e tal. Porém, entre todas essas atividades físicas, a que mais me encantava era a Dança. Sempre achei interessante a dança do ventre, acho lindo dança de salão, me amarro nos passos da dança de rua e simplesmente dou valor a uma pessoa que tem coragem de entrar no mundo do ballet.
Eu sempre quis dançar ballet, mas minha mãe nunca deixou pelo simples fato da minha irmã mais velha ter entrado e saído com um ano apenas de ballet. Ela pensava que comigo ia ser da mesma forma, ela ia investir nas roupinhas e sapatilhas e com um ano eu desistiria. Foi aí que a minha vontade de dançar ballet foi crescendo a cada dia, chegando até a chorar quando via alguma dança relacionada com o ballet em televisões ou coisas do tipo. O único canto que eu chegava a dançar era no meu antigo colégio ( CERC ), participava de todas as coreografias, seja espetáculo de natal, são joão, enfim.
Aos 12 anos de idade, minha mãe me permitiu fazer um teste para dança de salão na La Barca, sempre achei lindo o merengue e o tango, queria mesmo era ser aquelas dançarinas perfeitas, e não só porque é bom para o coração, para a saúde e todo aquele blá blá blá de médicos. Quando eu fiz o teste, eu simplesmente não gostei porque só tinha eu de 12 anos, o resto era casal de 40 anos, os professores ensinavam normal, mas eu não sentia aquele ar de apresentações lindas e dedicadas. Foi aí que fiz um teste na mesma escola, só que agora de dança de rua. Sempre gostei de dança de rua, foi aí que eu me matriculei e fiz aulas por 1 ano. Cheguei a fazer 2 coreografias no colégio, e todas as duas receberam elogios. =P . Mas, eu ainda queria, acima de tudo, o ballet.
O local que tinha ballet mais conhecido aqui em Campina, era nomeado na época Fundação Suellen Caroline, mas nunca tive o prazer de entrar ali. Pedia, chorava, morria, e minha mãe não me permitia fazer ballet. Aconteceu um santo, glorioso dia no qual minha avó veio morar ao lado da Fundação, e eu pedi, encarecidamente, que fosse comigo. Foi aí que tudo começou, primeiro teste no ballet, amei. Minha mãe concordou, ainda de cara fechada, em fazer a minha matrícula.
Quando comecei as aulas, eu não pude ficar na dança de rua, acho que minha mãe meio que testou o meu amor pelo ballet. Disse ela: "Ou você fica na dança de rua, ou fica no ballet". Claro que eu fiquei no ballet. Primeira semana estava eu numa turma teste, conclusão segunda semana estava eu numa turma teste um nível a mais. Fiquei nessa turma até a metade do ano, e me passaram para uma ainda mais avançada. Cheia de dedicação e amor pela dança, fiquei eu dando o melhor de mim. Final do ano? Apresentações, família com orgulho, e mãe que o diga(risos).
Isso tudo aconteceu aos 13 anos, idade nada ideal para entrar no ballet. Aos 14 anos, comecei a usar a mais querida sapatilha de ponta e sonhada. Eu lmbro até hoje, uma amiga minha de hoje em dia do ballet, no tempo, chamada Renally Chagas, ela vivia na ponta, parece que não cansava, que não doia, e eu ficava horas babando, tenho essa imagem na minha mente até hoje. Foi aí que eu pensei, se com 1 ano eu consegui chegar na sapatilha de ponta, eu posso conseguir chegar onde renally estava, nicole, andressa e outras.
Hoje, eu faço parte do Grupo do Studio de Dança Fernanda Barreto e danço no mesmo grupo de todas aquelas meninas que eu sonhava chegar no mesmo nível que elas. Eu posso não ser futuramente nada profissional, muita gente vai dizer que eu tou perdendo meu tempo podendo fazer outras coisas. Meu 3º ano foi uma luta, cheguei a perder aulas para ensaiar, e cheguei também a faltar ensaios para ir às aulas, já tinha pensado em desistir, eu perdia muitos encontros de amigos aos sábados, todos falavam que eu não tinha vida social. É ruim que todos entendam, mas só uma bailarina de verdade, que ama o tempo que passa numa sala de ballet, que sofre com a fadiga muscular e gosta, entende a dedicação que deve-se ilimitar-se ao ballet.
É preciso amor para isso tudo, se eu realmente não gostasse, pode ter certeza que eu já tinha desistido, porque não é fácil, e se um dia eu tiver de deixar a dança, vai ser por uma questão muito, mas muito séria. Conclusão? Seja quem for, como for, idades, não deixe de pelo menos tentar fazer o que gosta, se esforce, faça o que puder até onde puder, mas, nunca jamais, deixe seu sonho de lado,e digo eu principalmente com a dança, qualquer pessoa pode dançar, é só querer!

Manoella Cavalcanti

17 de abril de 2011

Autora: Thamara Moreira

Um exemplo, um amor, uma dor... renascimento!

A historia da dança começou na minha família com a minha mãe, Georgina Moreira, Bailarina, depois professora de Ballet Clássico, Jazz e Ginástica. E a minha historia começou assim, com mainha dando aula de jazz e enjoada, resolveu fazer o teste de farmácia, sangue.. CONFIRMADO!! Deu aulas, dançou, realizou espetáculo, e onde eu estava dançando em sua barriga..hehehe. Deu aula até a véspera do meu nascimento (parto normal). Nessa época tínhamos uma academia (ACADEMIA DE DANÇAS GEROGINA MOREIRA) e era aonde morávamos também, ou seja não tinha como não me apaixonar pela dança. Só queria saber de ta nas salas, dançado, de collant pra cima e pra baixo, ate que pude oficialmente fazer o meu tão sonhado ballet. Aos 3 anos minha primeira apresentação, que emoção. Aos 5 primeira vez que dançava com mainha, minha base. E assim foi continuando... aulas de ballet, jazz, frevo.
Mainha, querendo o meu crescimento como bailarina, me levou para fazer aulas em outras escolas, que de inicio não me agradou muito, mas foi uma experiência maravilhosa. Aos 9 anos coloquei sapatilha de ponta, que felicidade!!! E fui levando minha vida, até que aos 13 anos, numa aula de frevo, torci o joelho esquerdo, que dorrrrrrr!!! 3 mêses parada, que sofrimento.Sempre sofri com dores nos joelhos, mas por ter sido uma criança alta, era tratada com dor do crescimento e foi quando recebi também o diagnóstico do meu ortopedista na época, você tem ARTROSE (herança de vóinha e painho ). Então, fisioterapia!! Voltei para minhas aulas, mas as dores voltaram comigo também. Não agüentava mais de dor e foi quando aos 15, fiz minha primeira cirurgia. Mais um ano de fisioterapia e a ansiedade de voltar era enorme, mas o meu medo de machucar novamente o joelho esquerdo, fez com que eu sobrecarregasse o direito. Aos 16 a segunda, agora no direito. E a ansiedade se transformou em depressão, que foi intensa por longos anos. Remédios fortíssimos, a ansiedade era saciada com comida, aumento de peso, conseqüência.. outra cirurgia no joelho ( a terceira) e mais fisioterapia.
Surge uma luz no fim do túnel, posso aos poucos voltar a fazer aula, mas como posso se estou obesa. Pensei com o corpo que eu to?! Nunca fui magra, mas também não era obesa!!! Então.... DIETA JÁ!!! Emagreci 25kg e crente que estava pronta para voltar, numa noite foi visitar minha avó no hospital, que tinha colocado a sua segunda prótese de joelho, de repente uma dor intensa que não me deixava nem pisar no chão. Nunca tinha sentido uma dor daquelas, lá mesmo fiquei internada por 15 dias, até descobrirem o que eu tinha. Diagnostico: Estenose de Junção! Mas o que é isso? Má formação do ureter. E não foi por falta de água..heheh. A, mais uma herança de família :( e como diz minha amiga Beta: Preta você é bichada, hein!!!! Mais um baque! Outra cirurgia (a quarta). Enfim... 2001 voltei para o BALLET (ALELUIA)... Pense na alegria, mas ainda assim triste pois tive que voltar para a turma de adulto iniciante. Pensava... Eu era do 8º ano, porque essa turma? Fui levando, pois redescobri que meu amor era maior e um ano depois voltei para o avançado. Infelizmente não danço tanto quanto antes, por que meu amor pela dança não diminuiu. Pelo contrário. Aumentou. e minha mente ainda não consegui parar, mesmo meus joelhos pedindo.
Hoje, aos 31 anos, sou Professora de Ballet Clássico com muito orgulho e amor. E tento passar tudo que aprendi e ainda estou aprendendo com meus mestres as minhas amadas alunas e para minha irmãzinha de 8 anos.

Thamara Moreira
Ps: hoje, somos todos artistas, mãe bailarina e professora, filha bailarina e professora, filho bailarino (Cia.Lia Rodrigues –RJ)


16 de abril de 2011

Autora: Caroline Olímpio

Passando por cima da idade!

Nadar, pois é, era o que eu fazia, e gostava muito, mais não era o que eu queria para minha vida. Queria demais abrir aquela bolsa da natação e vê sapatilhas, collants, meias, era mais que um sonho, era amor.  Lembro que na pré-adolescência ballet pra mim era algo inatingível, ficar de ponta com all star no recreio (sim, na época ainda era recreio) era ganhar meu dia, o tempo foi passando e com 15 anos surgiu novamente a vontande louca e desesperada de começar a ter aulas, comecei a ficar preocupada quando notei que fazia a janela da minha casa de barra, ( não me pergunte o que eu fazia com a janela) rsrs ...  estava preocupada do tamanho do amor que sentia belo ballet, mais ballet era coisa de rico, pois é, sou mais uma menina que cresceu com sua "mãe" dizendo que ballet não era pro seu bico, a vontande surgia em mim e minha "mãe" claro, esperava ela passar. O tempo foi passando, e o sonho de pegar uma bolsa e vê sapatilhas não passou.

E abre aulas de Ballet numa academia perto da minha casa, ainda era um sonho, mais me senti recuada, já estava com 19 anos, estava num ano muito difícil, mais o Ballet veio com tudo, e me salvo. Completamente do nada, decidi ir na academia e começar a ter aulas, pensava "não me colocaram quando criança por descuido, agora vão me aguentar, porque não vou desistir."

Os primeiros meses de aula sempre são meios que "socorro", fiquei muito assustada com os alongamentos, com a cobraça, com a vontande de melhorar sempre que você tem que ter, e com o amor que sem dúvida alguma é algo que nasci contigo, no meu primeiro dia de aula a minha professora disse "Ballet não é pra todo mundo, não é todo mundo que aguenta" senti que aquilo foi uma jogada pra mim e agradeço a ela por ter me dito isso, sempre quando penso em desistir, lembro dessa frase e vou provar pra mim mesma que posso, que aguento!
Ballet pra mim era uma coisa e dança era outra, sem dúvida alguma era um pensamento idiota, mais eu era muito inocente em relação ao ballet, quando começei a fazer vi que o baller era o S e a dança era o 2 (S2) rs Eu não tinha noção ALGUMA de dança, sonhava com o ballet, mais em dançar? Jamais! E senti na pele o poder que a dança tem, e foi uma das coisas mais lindas que pude sentir na vida. É uma experiencia que jamais vou esquecer, impossível esquecer.

Fácil não é mesmo, principalmente quando você entra já "idosa" porque 19 anos pro Ballet já é idosa, tudo é muito mais difícil, tudo é muito lento, mais o amor suporta tudo. Já fiz 20 anos, faz 7 meses que faço ballet, atualmente a minha professora é Amanda, que ensina e tem aulas no Studio, e hoje eu sei e é uma das coisas que quero ter para sempre na minha vida. Hoje abro não só minha bolsa, mais a porta do meu quarto, o meu guarda-roupa e vejo sapatilha, vejo bailarinas pelas paredes, e sinceramente, é o que quero para sempre!

Tenho muito orgulho de alguma forma representar o Ballet adulto hoje, quero mostrar a vocês que a palavra desistir não existe na minha vida, e por favor, que não existam na de vocês também.

Beijos, fé!  <3

Caroline Olimpio

Autora: Luana Meireles

Minha história com a dança começou bem cedo. Sempre admirei muito quem sabia dançar. Quando criança queria ser paquita, como 90% das meninas da minha geração, e vivia inventando ou imitando coreografias. Reunia minhas colegas de bairro e passávamos as tardes ensaiando alguma coreografia para apresentar no final do ano ou nas festividades da vizinhança. Até roupa mandávamos fazer, visto que a mãe da minha melhor amiga era costureira.
Então comecei a fazer ballet ainda criança, mas quando entrei na adolescência a disciplina do ballet já não me agradava mais. Mas nunca parei de dançar, fui fazer jazz e a aeróbica da época. Era apaixonada pelos filmes que envolviam dança, principalmente o Flashdance, que marcou minha adolecência.
Fui mãe muito cedo e a responsabilidade da maternidade, do casamento e da universidade me deixou temporariamente afastada da minha paixão pela dança. Não sabia eu que essa maternidade me reaproximaria da dança.
Assim como eu, minha primeira filha Marina começou a fazer ballet ainda criança e mais tarde dança do ventre. Como mãe de bailarina, a acompanhava nas aulas de ballet e de dança do ventre. Só em estar de volta aquele ambiente com cheiro de arte já me deixava muito satisfeita.
Depois de ser mãe pela segunda vez - de Tainá,  decidi acompanhar Marina nas aulas de dança do ventre. Logo em seguida foi a vez de Tainá também começar a fazer ballet. Neste momento, era mãe de duas bailarinas e estava descobrindo minha paixão pela dança do ventre.

Há pouco tempo atrás, decidi voltar ao ballet numa turma de adultos. Foi uma época maravilhosa, éramos eu e minhas filhas no ballet. Tive a oportunidade de descobrir que a idade não nos impede de fazer nada e que ainda tinha alguma flexibilidade. Neste ano subimos ao palco juntas, mãe e filhas, no espetáculo Coppélia, do Stúdio de Dança Fernanda Barreto. No entanto senti falta de admirá-las da platéia. Por este (e outros) motivos desci do palco do ballet e voltei a ficar na platéia para poder admirá-las melhor. Mas continuei nos palcos da dança do ventre, onde estou até hoje, há 8 anos.
Ser dançarina do ventre e mãe de bailarinas sempre foi uma grande felicidade pra mim. E como mãe de bailarina, fui aprendendo cada vez mais o “dialeto” do ballet para poder me comunicar melhor com elas. Queria saber nomes de passos, de variações, de grandes bailarinos. Em seguida passamos a viajar com Marina e o Stúdio de Dança Fernanda Barreto para festivais de ballet. Foi quando Má começou a receber os primeiros elogios que indicavam que ela teria futuro no ballet - “pernas lindas”. Em um dos festivais ela foi pré-selecionada para uma audição no Bolshoi do Brasil e em seguida realmente  selecionada para fazer parte do Bolshoi.

Estávamos vivendo um divisor de águas nas nossas vidas. Foram momentos de extrema felicidade, mas também de muita dor com o processo de separação. Minha paixão pela arte da dança, projetada nas minhas filhas, estava tirando de perto de mim um dos meus maiores tesouros - minha companheira, minha filha. Marina estava indo para o Bolshoi do Brasil, seguir seus próprios passos, e eu não poderia mais acompanhá-la em aulas, em apresentações, em ensaios, enfim, estava perdendo uma parte do que dava sentido para a minha vida.
E é neste capítulo da minha vida, que também é minha história com a dança,  que me encontro hoje. Continuo dançando e amando a dança. E por outro lado ainda vivenciando o luto por minha filha ter saído de casa para mergulhar ainda mais fundo no mundo da arte da dança.

Luana Meireles (dançarina do ventre e mãe das bailarinas Marina e Tainá)

15 de abril de 2011

Autora: Amanda dos Santos

Desde criança o ballet clássico era apenas um sonho distante, algo que ficaria apenas pra Barbie. Pois sempre quando pedia a minha mãe, ela deva a desculpa que era caro e não gastaria dinheiro com besteiras...
   Mas a Dança sempre estava dentro de mim, nas escola que estudei não teve uma que sai de lá sem fazer apresentações.
A Menina Tímida da Sala, a que ninguém nunca espera nada, era sempre a primeira a levantar a mão quando se falava em dança.
Com o tempo, minha necessidade de fazer alguma aula de Dança aumentou, então, decidi ficar sem lanchar na escola, pra juntar meu dinheiro com o pouquinho da minha mesada e eu mesma pagar a aula de clássico. PRONTO, td certo, encontrei um lugar baratinho e me matriculei.
  No 1º dia de aula foi MUITO vergonhoso, fiz aulas com baby class, detalhe eu tinha 14 anos!
  Nas depois dessa aula, a professora (Fernanda pra variar. kkk) me passou um turma, fui pro pré, mas ainda, não se pelo meu esforço,
ou por que motivo, mas Fernanda ainda me passou pro básico. Lá estava eu, uma postura TERRÍVEL, perto de meninas que não tinha nem coluna. Mas isso só foi uma ajuda, por que dia eu me cobrava mais, e me esforçava pra melhorar. Com 4 meses nessa turma, descobri
que iria ter uma Solenidade de ponta, e adivinha quem foi pra ponta? EU!
  Então, depois disso tudo fui pra uma Escola maior... Conheci vários estilos de Dança, e Agora mais que nunca sei realmente o que
Respirar a Dança. E o bom é que isso é apenas um começo...


Hoje tenho experiências com Dança Clássica e Contemporâneo, Street Dance e  Dança Folclórica.
Estou começando a dar aula pra Babys, e a procura cada dia mais, por melhoras, por alegrias, pelo bem, e o prazer
que a dança traz pra vida de Seres dançantes.
 


"Quando você dança, seu propósito não é chegar a determinado lugar. É aproveitar cada passo do caminho." (Wayne Dyer)




Começo da minha Dança. -Amanda dos Santos

14 de abril de 2011

Segunda Autora- Priscilla Gibson

  Em Outubro de 2009 eu e mais três meninas do grupo fomos para João Pessoa participar de um encontro de Dança do ventre, e levamos uma coreografia folclórica que já havia sido apresentada aqui em Campina. Estávamos muito confiantes, pois era uma coreografia muito bonita e nós quatro tínhamos uma sintonia muito boa. Porém, não sei dizer ao certo o q aconteceu, mas algumas das pessoas que estavam nos assistindo não gostaram e começaram a rir de nós. Não era apenas um risinho, eram gargalhadas, e como a apresentação estava acontecendo em um clube, tínhamos uma visão "privilegiada" dessas pessoas. Tais gargalhadas nos deixaram tão desconcertadas q acabamos nos atrapalhando na coreografia. Ao termino da apresentação estávamos nos sentindo tão mal que decidimos ir embora e nem ao menos esperamos as outras apresentações terminarem. Diria q esta foi a pior apresentação das nossas vidas.
      No entanto, em Maio de 2010 voltamos a João Pessoa para um novo encontro, dessa vez, com outra coreografia e um novo figurino.
Estávamos felizes por saber q durante os meses anteriores tínhamos trabalhado duro para que dessa vez desse certo, mas não posso negar que estávamos morrendo de medo. E dessa vez realmente foi diferente. As pessoas nos aplaudiam mesmo antes de termos terminado a coreografia. E adivinhem quem estava na platéia???????? As mesmas que riram de nó alguns meses antes... e estavam nos aplaudindo tb... Fizeram questão de vir nos cumprimentar, e além de terem nos elogiado bastante ainda nos convidaram para participar do evento deles em outro estado. Voltamos para casa com a sensação de dever mais que cumprido e da alma lavada... A lição que aprendemos???? NUNCA DESISTIR. Não podemos baixar a cabeça para as críticas.... Pelo contrário, devemos tirar dela a força que precisamos para recomeçar e mostrar que podemos mais!!!

Priscilla Gibson

13 de abril de 2011

Primeiro autor- André Leite

BALLET X JIU-JITSU

Sempre Fui apaixonado por dança. Já dancei vários estilos como Lambada, Forró, Street Dance,
mas nunca tinha chegado a esse ponto.

A 3 anos atrás, senti uma vontade imensa de dançar um estilo de dança que eu admirava
muito, achava lindo, que era o Ballet. Corri atrás de um lugar que pudesse dar aulas para
adultos, pois eu já tinha 21 anos de idade, mas por alguns problemas e capricho do destino,
não deu certo.

Final do ano passado (2010), comecei a fazer Jiu-jítsu, uma arte marcial, até então deixando
o meu sonho do Ballet de lado, quase que morto. Passado alguns meses, conheci uma pessoa
que me apresentou o Studio de Dança Fernanda Barreto e me dizia que lá dava aulas de Ballet
para adulto, pois eu tinha contado do meu sonho quase que falecido de aprender a dançar
Ballet.

Nessa hora aparecem três dilemas em minha vida:

1. O preconceito que ainda existia dentro de mim mesmo sobre homem dançar Ballet.
2. O preconceito sobre o que os outros iam comentar da minha pessoa dançando Ballet.
3. Sair do Jiu-jítsu pra dançar Ballet enfrentando qualquer tipo de preconceitos dos meus

colegas que treinavam comigo.

O meu amor pela dança era e é mais forte do que qualquer tipo de preconceito. Ninguém
nunca vai imaginar a sensação que sinto quando estou dançando qualquer tipo de dança.
Ninguém nunca vai imaginar a sensação que sinto quando visto meu uniforme de Ballet
pra começar a fazer meus alongamentos, nunca vai imaginar o que é entrar em um Studio e
sentir a madeira trincar em baixo dos pés e o que é pisar no breu e deixar marcas no chão.
Sentir dor e adorar, porque tudo aquilo vale apena, o sentir-se flutuando quando se dança,
o fazer expressar cada nota de uma música com um gesto corporal, fazendo seu corpo um
instrumento. Isso tudo é maior do que qualquer preconceito.

Meu Kimono é meu Uniforme. Meu Tatame é meu piso de madeira. O preconceito é meu
adversário. E o Ballet, a dança, é a minha paixão.

ANDRÉ LEITE