Conhecimento
Assim como em qualquer
profissão, conhecimento é a chave do sucesso. Um engenheiro não constrói pontes
sem conhecer um paquímetro. E uma bailarina não encanta se não souber as
características de sua sapatilha.
Na escola russa, os
bailarinos são encorajados a conhecer o processo de fabricação das sapatilhas
de ponta. As escolas americanas sempre recebem visitas de shoe fitters (profissionais que auxiliam na escolha
da sapatilha) e representantes dos principais fabricantes do país. Algumas
escolas ainda levam suas alunas para ver de perto o processo de fabricação.
Isso possibilita um melhor entendimento a respeito da ferramenta, facilitando a
comunicação e a antecipação dos problemas tão logo eles apareçam.
No Brasil, esta não é uma
realidade. Não há profissionais capacitados, não há curiosidade por parte das
alunas, alguns professores nem sequer têm formação necessária para fazer um bom
julgamento. Por isso, gerar conhecimento sobre sapatilhas de pontas e criar um ambiente
de discussões são as propostas do Ponta Perfeita. Acredito que estes são os
primeiros passos para criarmos uma cultura saudável em torno do ballet
clássico. Imaginem quantos talentos já não perdemos por falta de conhecimento?
Postura da bailarina
Mesmo após verificar que a
pequena bailarina já está madura o suficiente para iniciar suas atividades na
ponta, cabe somente a ela dizer se está pronta ou não. Aquela sensação de nunca
estar preparada pode acontecer eventualmente. Neste momento, não é bom que pais
ou professores a pressionem. Antes de mais nada, todos devem zelar pela
segurança e pela saúde da pequena bailarina.
A postura da bailarina
não consiste apenas em decidir ou não se está preparada para subir nas pontas.
É necessário que ela ainda esteja apaixonadamente interessada no ballet
clássico. E, além disso, esteja consciente de que o trabalho é árduo, exige
dedicação, os resultados aparecem lentamente e que certamente haverá dor e desconforto.
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