27 de abril de 2011

Autora: Isabella Pessoa




"Mamãe diz que eu era bailarina mesmo antes de começar a andar."

Minha história com a dança começou há 21 anos. Quando eu tinha apenas 3 anos mamãe me matriculou na escola de ballet de Lola, tia de umas primas minhas.

Meu pai havia falecido e, mesmo sendo tão pequena, mamãe conta que eu ficara muito triste sentido a falta dele. Na época não era comum meninas tão novinhas fazerem ballet, mas como eu consegui acompanhar as aulas mesmo sendo 2 anos mais nova que as demais alunas, acabei ficando.


Cresci dançando ballet. E dizia que queria ser Ana Botafogo! Aos 7 anos fui para a escola do Teatro Municipal e fiquei lá até os 11, quando tive de sair do ballet por causa de problemas financeiros. Sair do ballet foi horrível. Tentei fazer vôlei e basquete no colégio, mas eu odiava. Comecei a dançar em casa, pegava vídeos de dança e aprendia as coreografias. Mas a falta daquela rotina de ensaios me fez achar que estava gorda e eu praticamente parei de comer, tive anorexia, cheguei a pesar 38kg e lutei contra distúrbios alimentares até os 16 anos.


Aos 17 anos, estava cursando engenharia elétrica quando comecei a treinar kung fu. Parecia que tinha voltado para o ballet. Eu era a única menina da turma e os treinos eram muito pesados, mas eu amava!!! E eu estava muito bem treinando kung fu, mas em 2007 assisti o espetáculo da antiga FUNDASC. Chorei litros! [Risos] Minha eterna paixão havia despertado e em janeiro de 2008 comecei a procurar escolas de ballet.


Voltar para o ballet nã foi nada fácil. Não queriam me aceitar por causa da idade. Mas eu insisti tanto que consegui me matricular numa turma de preliminar 2. Eu que comecei sendo a aluna mais nova da turma, agra era a mais velha. No segundo semestre de 2008 conheci Fernanda. Não demorou até ela me chamar para ajudar nas pesquisas e até para criar uma coreografia para o primeiro espetáculo do Studio. Foi um dos melhores desafios da minha vida. ^_^


O bailarino é aquele tipo de humano que ama, acima e tudo, superar a dor para ultrapassar seus próprios limites. E que Deus me livre de ser um humano comum!


Isabella Pessoa, eternamente apaixonada pela dança!

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