20 de abril de 2011

Autora: Maria Manoella

Bom, atualmente eu tenho 17 anos e minha história na dança, para mim, é uma das quais jamais vou esquecer. Eu sempre gostei de atividades físicas como jogar basquete, voley, fazer aeróbica e etc e tal. Porém, entre todas essas atividades físicas, a que mais me encantava era a Dança. Sempre achei interessante a dança do ventre, acho lindo dança de salão, me amarro nos passos da dança de rua e simplesmente dou valor a uma pessoa que tem coragem de entrar no mundo do ballet.
Eu sempre quis dançar ballet, mas minha mãe nunca deixou pelo simples fato da minha irmã mais velha ter entrado e saído com um ano apenas de ballet. Ela pensava que comigo ia ser da mesma forma, ela ia investir nas roupinhas e sapatilhas e com um ano eu desistiria. Foi aí que a minha vontade de dançar ballet foi crescendo a cada dia, chegando até a chorar quando via alguma dança relacionada com o ballet em televisões ou coisas do tipo. O único canto que eu chegava a dançar era no meu antigo colégio ( CERC ), participava de todas as coreografias, seja espetáculo de natal, são joão, enfim.
Aos 12 anos de idade, minha mãe me permitiu fazer um teste para dança de salão na La Barca, sempre achei lindo o merengue e o tango, queria mesmo era ser aquelas dançarinas perfeitas, e não só porque é bom para o coração, para a saúde e todo aquele blá blá blá de médicos. Quando eu fiz o teste, eu simplesmente não gostei porque só tinha eu de 12 anos, o resto era casal de 40 anos, os professores ensinavam normal, mas eu não sentia aquele ar de apresentações lindas e dedicadas. Foi aí que fiz um teste na mesma escola, só que agora de dança de rua. Sempre gostei de dança de rua, foi aí que eu me matriculei e fiz aulas por 1 ano. Cheguei a fazer 2 coreografias no colégio, e todas as duas receberam elogios. =P . Mas, eu ainda queria, acima de tudo, o ballet.
O local que tinha ballet mais conhecido aqui em Campina, era nomeado na época Fundação Suellen Caroline, mas nunca tive o prazer de entrar ali. Pedia, chorava, morria, e minha mãe não me permitia fazer ballet. Aconteceu um santo, glorioso dia no qual minha avó veio morar ao lado da Fundação, e eu pedi, encarecidamente, que fosse comigo. Foi aí que tudo começou, primeiro teste no ballet, amei. Minha mãe concordou, ainda de cara fechada, em fazer a minha matrícula.
Quando comecei as aulas, eu não pude ficar na dança de rua, acho que minha mãe meio que testou o meu amor pelo ballet. Disse ela: "Ou você fica na dança de rua, ou fica no ballet". Claro que eu fiquei no ballet. Primeira semana estava eu numa turma teste, conclusão segunda semana estava eu numa turma teste um nível a mais. Fiquei nessa turma até a metade do ano, e me passaram para uma ainda mais avançada. Cheia de dedicação e amor pela dança, fiquei eu dando o melhor de mim. Final do ano? Apresentações, família com orgulho, e mãe que o diga(risos).
Isso tudo aconteceu aos 13 anos, idade nada ideal para entrar no ballet. Aos 14 anos, comecei a usar a mais querida sapatilha de ponta e sonhada. Eu lmbro até hoje, uma amiga minha de hoje em dia do ballet, no tempo, chamada Renally Chagas, ela vivia na ponta, parece que não cansava, que não doia, e eu ficava horas babando, tenho essa imagem na minha mente até hoje. Foi aí que eu pensei, se com 1 ano eu consegui chegar na sapatilha de ponta, eu posso conseguir chegar onde renally estava, nicole, andressa e outras.
Hoje, eu faço parte do Grupo do Studio de Dança Fernanda Barreto e danço no mesmo grupo de todas aquelas meninas que eu sonhava chegar no mesmo nível que elas. Eu posso não ser futuramente nada profissional, muita gente vai dizer que eu tou perdendo meu tempo podendo fazer outras coisas. Meu 3º ano foi uma luta, cheguei a perder aulas para ensaiar, e cheguei também a faltar ensaios para ir às aulas, já tinha pensado em desistir, eu perdia muitos encontros de amigos aos sábados, todos falavam que eu não tinha vida social. É ruim que todos entendam, mas só uma bailarina de verdade, que ama o tempo que passa numa sala de ballet, que sofre com a fadiga muscular e gosta, entende a dedicação que deve-se ilimitar-se ao ballet.
É preciso amor para isso tudo, se eu realmente não gostasse, pode ter certeza que eu já tinha desistido, porque não é fácil, e se um dia eu tiver de deixar a dança, vai ser por uma questão muito, mas muito séria. Conclusão? Seja quem for, como for, idades, não deixe de pelo menos tentar fazer o que gosta, se esforce, faça o que puder até onde puder, mas, nunca jamais, deixe seu sonho de lado,e digo eu principalmente com a dança, qualquer pessoa pode dançar, é só querer!

Manoella Cavalcanti

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